quarta-feira, 8 de junho de 2016

Creche para cachorros gera bons lucros no mercado pet






Creche para cachorros gera bons lucros no mercado pet
Cães têm horário para comer, praticar atividades físicas e até para brincar. 
Investimento foi de R$ 160 mil em reforma e compra de equipamentos.



O Brasil tem hoje a segunda maior população de animais domésticos, somando mais de 50 milhões. E isso tem feito o mercado pet crescer sem parar. Em 2010, o setor movimentou R$ 11 bilhões, e este ano deve crescer 6%, de acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Produtos para Animais de Estimação.
a) "Creche para cachorros gera bons lucros no mercado pet" 
b) "e os nossos clientes lá habituais pediam um espaço diferenciado”
c) "Para acomodar os cães, foram instaladas baias onde eles passam a noite ou descansam durante o dia." 
07) Identifique, no texto, um exemplo de discurso direto, transformando-o em discurso indireto:
08) "Investimento foi de R$ 160 mil em reforma e compra de equipamentos." Identifique o processo de formação da palavra em destaque:



Hoje é possível encontrar de tudo para os animais de estimação: de alimentação a serviços. E agora existe até uma creche especial: só para cachorros.
O espaço funciona em São Paulo há um ano e meio. Foi montado pelo empresário Maurício Padovani e pela médica veterinária Bartira Mendes. No local, a rotina é bem parecida com a de uma creche para crianças.
“A ideia surgiu porque nós temos uma outra clínica veterinária, há três anos, e os nossos clientes lá habituais pediam um espaço diferenciado, que pudesse o cachorro ficar durante o dia todo, que ele tivesse atividade”, conta Maurício.
A creche tem uma área de 200 metros quadrados. O investimento foi de R$ 160 mil na reforma do espaço e na compra de equipamentos. Por mês, a empresa fatura R$ 80 mil com os serviços.
O local funciona de segunda a sábado, das 8 da manhã às 7 da noite. Tem cerca de 30 cachorros matriculados. Os donos escolhem quantas vezes por semana e o período que o animal vai frequentar. O preço da mensalidade varia de R$ 210, uma vez por semana, a R$ 600, todos os dias.
Uma das salas funciona como um hotel. Para acomodar os cães, foram instaladas baias onde eles passam a noite ou descansam durante o dia. Quem optar por deixar o cão apenas no hotel paga por diária: R$ 50 durante a semana e R$ 70 aos fins de semana e feriados.
Os cães têm horário para comer, praticar atividades físicas e até para brincar. tudo supervisionado por uma equipe bem atenta. O local também oferece serviços de beleza, como banho e tosa.
Um dos aspectos mais interessantes da creche é que o espaço também serve para a socialização dos bichinhos. Aqui ficam cachorros de várias raças e tamanhos, todos juntos e com muita disposição para brincar.
“A natação é monitorada, o cachorro vai e faz algumas chegadas, vai e volta, algumas vezes. Os cachorros grandes chegam a fazer doze, treze, quinze chegadas, e os menores fazem uma quantidade menor”, conta o empresário Padovani.
 Espaço para crescer

Embalado pelos bons números do mercado, o empresário Maurício Padovani acredita estar no caminho certo e aposta na expansão do negócio.
“A clientela aumentou, praticamente dobrou, até mais do que isso. A propaganda boca a boca tem sido fundamental nesse período As pessoas estão conhecendo aqui a creche, um fala pro outro, e o movimento tem aumentado muito”, conta Padovani.

Atividades

01) Você concorda que cães e crianças devem ser tratados da mesma maneira? Justifique sua resposta:
02) O que mais lhe chamou a atenção nesta notícia? Por quê?
03) Lendo aos detalhes da reportagem, ela mostra toda a verdade sobre o que está por trás da notícia principal? Comente:
04) Leia atentamente o 3º parágrafo. Por que uma pessoa que quer ter um cachorro, precisaria que ele ficasse em uma creche todo o dia? Qual seria a solução para que isso não acontecesse?
05) Para que tipo de público está voltado este serviço?
06) Pesquise em dicionário o significado das palavras em destaque das frases abaixo:
09) Por que a reportagem diz que o local tem uma rotina parecida com a de uma creche para crianças? Que rotina seria essa?
10) Qual a sua opinião sobre o oferecimento de serviços típicos do ser humano, aos animais de estimação?
11) Explique o emprego das aspas na frase “A ideia surgiu porque nós temos uma outra clínica veterinária, há três anos, e os nossos clientes lá habituais pediam um espaço diferenciado, que pudesse o cachorro ficar durante o dia todo, que ele tivesse atividade”,
12) O que significa a expressão "propaganda boca-a-boca"?
13) Registre as suas impressões ao ler o texto-notícia:
14) Você acha justo uma pessoa ter um cachorro e deixá-lo numa creche? Comente:
15) Em que momentos justifica deixar um cão numa creche? Você deixaria? Por quê?
16) Crie uma outra manchete para a notícia:
17) Você acha que as pessoas estão substituindo crianças por cachorros? Comente:
18) Enumere vantagens e desvantagens dessa “humanização” dos cachorros, comentando-as:

19) Faça uma charge ou tirinha a respeito dessa notícia.

segunda-feira, 6 de junho de 2016

Tentação - Clarice Lispector.

TENTAÇÃO - Clarice Lispector

Ela estava com soluço. E como se não bastasse a claridade das duas horas, ela era ruiva.
 Na rua vazia as pedras vibravam de calor - a cabeça da menina flamejava. Sentada nos degraus de sua casa, ela suportava.
Ninguém na rua, só uma pessoa esperando inutilmente no ponto do bonde. E como se não bastasse seu olhar submisso e paciente, o soluço a interrompia de momento a momento, abalando o queixo que se apoiava conformado na mão. Que fazer de uma menina ruiva com soluço? Olhamo-nos sem palavras, desalento contra desalento. Na rua deserta nenhum sinal de bonde.
Numa terra de morenos, ser ruivo era uma revolta involuntária. Que importava se num dia futuro sua marca ia fazê-la erguer insolente uma cabeça de mulher? Por enquanto ela estava sentada num degrau faiscante da porta, às duas horas. O que a salvava era uma bolsa velha de senhora, com alça partida. Segurava-a com um amor conjugal já habituado, apertando-a contra os joelhos.
Foi quando se aproximou a sua outra metade neste mundo, um irmão em Grajaú. A possibilidade de comunicação surgiu no ângulo quente da esquina, acompanhando uma senhora, e encarnada na figura de um cão. Era um basset lindo e miserável, doce sob a sua fatalidade. Era um basset ruivo.
Lá vinha ele trotando, à frente de sua dona, arrastando seu comprimento. Desprevenido, acostumado, cachorro. A menina abriu os olhos pasmada. Suavemente avisado, o cachorro estacou diante dela. Sua língua vibrava. Ambos se olhavam.
            Entre tantos seres que estão prontos para se tornarem donos de outro ser, lá estava a menina que viera ao mundo para ter aquele cachorro. Ele fremia suavemente, sem latir. Ela olhava-o sob os cabelos, fascinada, séria. Quanto tempo se passava? Um grande soluço sacudiu-a desafinado. Ele nem sequer tremeu. Também ela passou por cima do soluço e continuou a fitá-lo. Os pêlos de ambos eram curtos, vermelhos.
            Que foi que se disseram? Não se sabe. Sabe-se apenas que se comunicaram rapidamente, pois não havia tempo. Sabe-se também que sem falar eles se pediam. Pediam-se com urgência, com encabulamento, surpreendidos.
            No meio de tanta vaga impossibilidade e de tanto sol, ali estava a solução para a criança vermelha. E no meio de tantas ruas a serem trotadas, de tantos cães maiores, de tantos esgotos secos - lá estava uma menina, como se fora carne de sua ruiva carne. Eles se fitavam profundos, entregues, ausentes de Grajaú. Mais um instante e o suspenso sonho se quebraria, cedendo talvez à gravidade com que se pediam. Mas ambos eram comprometidos.
            Ela com sua infância impossível, o centro da inocência que só se abriria quando ela fosse uma mulher. Ele, com sua natureza aprisionada.
            A dona esperava impaciente sob o guarda-sol. O basset ruivo afinal despregou-se da menina e saiu sonâmbulo. Ela ficou espantada, com o acontecimento nas mãos, numa mudez que nem pai nem mãe compreenderiam. Acompanhou-o com olhos pretos que mal acreditavam, debruçada sobre a bolsa e os joelhos, até vê-la dobrar a outra esquina. Mas ele foi mais forte que ela.
Nem uma só vez olhou para trás
Conto extraído de LISPECTOR, Clarice. Felicidade clandestina. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1981.
Após ler o texto, responda:

1 Quem são as personagens principais? O que elas têm em comum?
2. O que a menina fazia sentada na porta de casa, às duas horas da tarde?
3. Onde se passa a história? Retire do texto uma frase que apresenta uma característica marcante do cenário.
4.De acordo com o texto, como a menina se sentia em relação a outras pessoas? Retire do texto uma frase para justificar sua resposta.
5. “Sentada nos degraus de sua casa, ela suportava.” O que a menina suportava?
Indique a alternativa que melhor responde a questão:
(a) a pessoa que esperava o bonde   (b)  a bolsa velha        (c) o calor e a solidão             (d) sua mãe

6. “O que a salvava era uma bolsa velha de senhora, com alça partida.” Do que a bolsa a salvava?
(a) do calor excessivo                               (b) da solidão, já que a bolsa era sua companhia
(c) das brigas com a mãe                         (d)  do homem que esperava o bonde

7) No texto, quem é o narrador?
( a ) a mãe                                                                                 (c) alguém que não presente na história
(b ) alguém presente na história, mas sem participar muito      (d) a menina ruiva

8) Retire  do texto um trecho em que se percebe a presença do narrador como personagem.
9) O que o narrador fazia naquele lugar ?
10)Pode-se dizer que o narrador se identifica com a menina? Por quê?
11) O cão basset provoca uma mudança na cena inicial. Qual a reação da menina e do cão quando se veem ?
12) “Mas ambos eram comprometidos.” Segundo o texto, com o que eles eram comprometidos ? O que isso pode significar?
13) Por que o cachorro não olhou para trás?
14) Considerando a reação da menina e do cão quando se encontram e a resposta à questão 12, o que o título TENTAÇÃO pode indicar?
15) Qual é o tema central do texto?
16)No texto, a menina se sente diferente dos outros, o que intensifica a solidão dela. Ser diferente dos demais gera solidão? Você já se sentiu excluído ou sozinho por ser diferente dos outros? Qual é sua opinião sobre isso?

quarta-feira, 1 de junho de 2016

Figuras de linguagem - exercícios.

FIGURAS DE LINGUAGEM
Exercício I
Coloque:
(1)  Comparação;
(2)  Metáfora;
(3)   Antítese;
(4)  Paradoxo;
(5)   Metonímia;
(6)  Hipérbole;
(7)  Prosopopeia;
(8)  Eufemismo.

  1. (       ) "...dão um jeito de mudar o mínimo para continuar mandando o máximo"
  2. (       ) "O pavão é um arco-íris de plumas"
  3. (      ) "...o essencial é achar-se as palavras que o violão pede e deseja"
  4. (      ) "Um dia hei de ir embora / Adormecer no derradeiro sono."
  5. (      ) "A neblina, roçando o chão, cicia, em prece.”
  6. (      ) "O bonde passa cheio de pernas."
  7. (      ) "É como mergulhar num rio e não se molhar."
  8. (      ) “No tempo de meu Pai, sob estes galhos,/Como uma vela fúnebre de cera,/Chorei bilhões de vezes com a canseira / De inexorabilíssimos trabalhos!”
  9. (     ) “Quando a Indesejada das gentes chegar / (Não sei se dura ou caroável) /Talvez eu tenha medo. / Talvez sorria, ou diga: / - Alô, iniludível!”
  1.  (   ) Eles morreram de rir daquela cena
  2. (   ) Aqueles olhos eram como dois faróis acesos.
  3. (   ) Às sete horas da manhã, a rua acordava.
  4. (   ) Aquelas crianças que choravam rios de lágrimas.
  5. (   ) Não tenho mais Maizena em casa.
  6. (   ) “A explosiva descoberta / Ainda me atordoa./ Estou cego e vejo./Arranco os olhos e vejo”.
  7. (   ) "O meu amor, paralisado, pula."







terça-feira, 31 de maio de 2016

Denotação e Conotação.

EXERCÍCIOS:  ANOTE “D” QUANDO O TEXTO FOR PREDOMINANTEMENTE DENOTATIVO E “C” QUANDO FOR CONOTATIVO.

1)      No período dos reis católicos, a Espanha empreendeu uma política de financiamento de explorações marítimas, rivalizando poder com Portugal. (___)
2)      Meu coração tropical está coberto de neve, mas ferve em seu cofre gelado, a voz vibra e a mão escreve mar. (João Bosco / Aldir Blanc) (___)
3)      Nas tuas mãos trazias o meu mundo. Para mim dos teus gestos escorriam estrelas infinitas... (Sophia de Mello Breyner Andresen) (___)
4)      Receita de bolo de cenoura
     Ingredientes
     Massa / 3 unidades de cenoura picada 
     1 xícara de óleo de soja / 3 xícaras de farinha de trigo
     2 xícaras de açúcar / 1 colher de fermento em pó (___)
5)      O passaporte brasileiro é o documento oficial, emitido pelo Departamento de Polícia Federal, que identifica o cidadão brasileiro perante as autoridades de outros países. (___)
6)      Minh´alma de sonhar-te anda perdida, meus olhos andam cegos de te ver... (Florbela Espanca) (___)
7)      Técnico realiza treino tático e repete formação que empatou o último jogo. (___)
8)      Cuidado, as paredes têm ouvidos. (___)
9)      Ri, Coração! Tristíssimo palhaço! (Cruz e Sousa) (___)
10)   Este medicamento é indicado para o alívio das manifestações inflamatórias das dermatoses, quando complicadas por infecção secundária. (___) 
www.google.com.br





Dadaísmo.

DADAÍSMO: 

O dadaísmo faz parte das Vanguardas Europeias e tem como objetivo destruir os valores burgueses e a arte tradicional.

Este movimento é o reflexo da perspectiva diante das consequências emocionais trazidas pela Primeira Guerra Mundial: o sentimento de revolta, de agressividade, de indignação, de instabilidade.

O Dadaísmo é considerado a radicalização das três vanguardas europeias anteriores: o Futurismo, o Expressionismo e o Cubismo. Os artistas desse período eram contra o capitalismo burguês e a guerra promovida com motivação capitalista. A intenção desta vanguarda é destruir os valores burgueses e a arte tradicional.
A literatura tem como características: a agressividade verbalizada, a desordem das palavras, a incoerência, a banalização da rima, da lógica, do raciocínio. Faz uso do nonsense, ou seja, da falta de sentido da linguagem, as palavras são dispostas conforme surgem no pensamento, a fim de ridicularizar o tradicionalismo.
 O próprio nome “Dadaísmo” não tem significado nenhum, provavelmente tem o intuito de remeter à linguagem da criança que ainda não fala.
Um dos principais autores e também fundador do Dadaísmo é Tristan Tzara, o qual ensina o seguinte a respeito do movimento:

Para fazer um poema dadaísta 
Pegue um jornal
Pegue a tesoura.
Escolha no jornal um artigo do tamanho que você deseja dar a seu poema.
Recorte o artigo.
Recorte em seguida com atenção algumas palavras que formam esse artigo e meta-as num saco.
Agite suavemente.
Tire em seguida cada pedaço um após o outro.
Copie conscienciosamente na ordem em que elas são tiradas do saco.
O poema se parecerá com você.
E ei-lo um escritor infinitamente original e de uma sensibilidade graciosa, ainda que incompreendido do público.

A linguagem dadaísta pretende anular qualquer barreira quanto a significações, pois o importante nas palavras não é seu significado, e sim sua sonoridade. O som é intensificado com o grito, o urro contra o burguês e seu apego ao capital.
No Brasil o Dadaísmo tem referência através do escritor Mário de Andrade em seu livro Paulicéia desvairada, no qual há um poema chamado “Ode ao burguês”. Já no prefácio do livro, o autor recomenda que só devesse ler o referido poema os leitores que soubessem urrar. Veja um trecho do poema:

Ode ao burguês
“Eu insulto o burguês! O burguês-níquel,
o burguês-burguês!
A digestão bem feita de São Paulo!
O homem-curva! o homem-nádegas!
O homem que sendo francês, brasileiro, italiano,
é sempre um cauteloso pouco-a-pouco! (...)”                            Mário de Andrade

Abstracionismo.

ABSTRACIONISMO

Introdução 

Arte abstrata ou abstracionismo é um estilo artístico moderno em que os objetos ou pessoas são representados, em de pinturas ou esculturas, através de formas irreconhecíveis. O formato tradicional (paisagens e realismo) é deixado de lado na arte abstrata.

Origem: A arte abstrata surgiu no começo do século XX, na Europa, no contexto do movimento de Arte Moderna. O precursor da arte abstrata foi o artista russo Kandinsky. Com suas pinceladas rápidas de cores fortes, transmitindo um sentimento violento, Kandinsky marcou seu estilo abstracionista.

Outro artista que ganhou grande destaque no cenário da arte abstrata do começo do século XX foi o holandês Piet Mondrian.

Reações contrárias: Quando a arte abstrata surgiu no começo do século XX, provocou muita polêmica e indignação. A elite europeia ficou chocada com aqueles formatos considerados “estranhos” e de mau gosto. A arte abstrata quebrou com o tradicionalismo, que buscava sempre a representação realista da vida e das coisas, tentando imitar com perfeição a natureza.

Estilo: Na arte abstrata o artista trabalha muito com conceitos, intuições e sentimentos, provocando nas pessoas, que visualizam a obra, uma série de interpretações. Portanto, na arte abstrata, uma mesma obra de arte pode ser vista, sentida e interpretada de várias formas. 

Arte Abstrata no Brasil : No Brasil, a arte abstrata ganhou força a partir da I Bienal de São Paulo (1951). Entre os artistas brasileiros de arte abstrata, podemos destacar: Antônio Bandeira, Ivan Serpa, Iberê Camargo, Manabu Mabe, Valdemar Cordeiro, Lígia Clarck e Hélio Oiticica. Estes dois últimos fizeram parte do neoconcretismo.


segunda-feira, 30 de maio de 2016

1º ano - Atividades do livro didático.

Página 75: Copiar as questões 1 e 2 e respondê-las.

A vida é uma cereja
A morte um caroço
O amor uma cerejeira.
(Jacques Prévert. Poemas. rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2000. p. 65)

"A vida é uma cereja"
À época do Natal, é comum encontrarmos cerejas frescas para comprar.

Página 76: Denotação e Conotação.
Página 77: 
PASSAGEM DA NOITE
 
É noite. Sinto que é noite 
não porque a sombra descesse
(bem me importa a face negra)
mas porque dentro de mim,
no fundo de mim, o grito
se calou, fez-se desânimo.
Sinto que nós somos noite,
que palpitamos no escuro
e em noite nos dissolvemos.
Sinto que é noite no vento,
noite nas águas, na pedra.
E que adianta uma lâmpada?
E que adianta uma voz?
É noite no meu amigo.
É noite no submarino.
É noite na roça grande.
É noite, não é morte, é noite
de sono espesso e sem praia.
Não é dor, nem paz, é noite,
é perfeitamente a noite.
 
Mas salve, olhar de alegria!
E salve, dia que surge!
Os corpos saltam do sono,
o mundo se recompõe.
Que gozo na bicicleta!
Existir: seja como for.
A fraterna entrega do pão.
Amar: mesmo nas canções.
De novo andar: as distâncias,
as cores, posse das ruas.
Tudo que à noite perdemos
se nos confia outra vez.
Obrigado, coisas fiéis!
Saber que ainda há florestas,
sinos, palavras; que a terra
prossegue seu giro, e o tempo
não murchou; não nos diluímos.
Chupar o gosto do dia!
Clara manhã, obrigado,
o essencial é viver!

Questões de 1 a 5, do livro didático (Copiar e responder).

quarta-feira, 25 de maio de 2016

A Descoberta.

A Descoberta 

            Estavam os dois caçadores bem no centro da África, quando, por trás de uma colina, de dentro de uma gruta, da escuridão de uma mata, do seio de uma grota, surgiu um tigre de dentes de sabre.
            ̶  Um animal pré-histórico! O mais terrível e o mais precioso dos animais pré-históricos! Que vamos fazer? ̶   disse um dos caçadores.
            ̶   Vamos fazer o seguinte – sugeriu o outro caçador, preparando-se para correr – Você fica aqui e aguenta o bicho, que eu vou espalhar a notícia pela África inteira.
Millôr Fernandes, Fábulas Fabulosas, Rio de Janeiro: Nórdica, 1991

1) Após ler o texto, responda atentamente as questões propostas:


a) Há quantos personagens no texto?
b) Em que local se passa a história?
c) Se a sugestão dada pelo outro caçador fosse aceita, o que você acha que aconteceria?
d) Você teria aceitado aquela proposta?
e) Que resposta que você daria ao outro caçador Escreva-a usando a pontuação adequada em um  diálogo.
f) Para que foi utilizado o travessão no início do segundo e do terceiro parágrafos?
g) Em qual parágrafo encontramos frases exclamativas e interrogativas? 


2) No último parágrafo, além do travessão que inicia a fala do personagem, há outros dois que servem para:
(__) Indicar o início da fala do outro caçador.
(__) Introduzir um comentário do narrador entre as falas do personagem.
(__) Apresentar um pensamento de um dos personagens da história.


3) Imagine que você é um dos personagens da história e está contando a um amigo tudo o que aconteceu naquele dia. Reescreva a história na 1ª pessoa e complete-a contando como tudo terminou.

segunda-feira, 23 de maio de 2016

Novelas de Cavalaria.

Novelas de Cavalaria

O que são, resumo, exemplos, características, trovadorismo, lendas do rei Arthur e Santo Graal, literatura medieval. Amadis de Gaula: exemplo de novela de cavalaria.

 O que são: As novelas de cavalaria, também chamadas de romances de cavalaria, foi um gênero literário escrito em prosa, típico da Idade Média. Foi na Espanha, Inglaterra, França, Itália e Portugal que as novelas de cavalaria tiveram grande êxito, tornando-se populares. O auge deste gênero literário foi entre o fim do século XV e começo do XVII, no contexto da fase inicial do Trovadorismo.
·        As novelas de cavalaria mais conhecidas são as que retrataram a busca pelo Santo Graal na Idade Média, assim como as lendas do Rei Arthur.

 Características da novelas de cavalaria
·        - Relatavam, em sua maioria, grandes aventuras e atos de coragem dos cavaleiros medievais.
·        - No enredo destes romances, os acontecimentos tinham mais importância do que os personagens.
·        - Aventuras sem fim com várias possibilidades de continuação (sequências).
·        - Amor idealizado do cavaleiro pela dama que amava (amor cortês). Este amor, quase sempre, era impossível. As histórias costumavam terminar de forma trágica, sem o final feliz.
·        - Provação da honra, lealdade e coragem do cavaleiro em várias situações como, por exemplo, batalhas, aventuras, torneios e lutas contra monstros imaginários.
·        - Alguns temas ligados às batalhas entre cristãos e muçulmanos durante as Cruzadas Medievais.
·        - As novelas de cavalaria foram marcadas fortemente pela tradição oral.
·        - Glorificação da violência na Idade Média.
·        - Referências a períodos históricos e míticos do passado.
·        - Eram narradas em capítulos.
·        - Uso de locais geográficos irreais (falsos) imaginários como, por exemplos, terras fantásticas e míticas.
·        - Apresentação de códigos de conduta próprios dos cavaleiros medievais.

Exemplos: - O Rei Arthur e os cavaleiros da Távola Redonda, - Amadis de Gaula, - Las sergas de Esplandián, - Palmerín de Oliva, - Primaleón, -  Floriseo .

www.google.com.br

Trovadorismo: Resumo.

TROVADORISMO

Origem do trovadorismo, os trovadores, literatura medieval, literatura portuguesa, história da Idade Média, cantigas de amor, cantigas de amigo, de escárnio e maldizer, cancioneiros, livros, canções, música, uso de instrumentos musicais.

INTRODUÇÃO: Podemos dizer que o trovadorismo foi a primeira manifestação literária da língua portuguesa. Surgiu no século XII, em plena Idade Média, período em que Portugal estava no processo de formação nacional.

MARCO INICIAL: O marco inicial do Trovadorismo é a “Cantiga da Ribeirinha” (conhecida também como “Cantiga da Garvaia”), escrita por Paio Soares de Taveirós no ano de 1189. Esta fase da literatura portuguesa vai até o ano de 1418, quando começa o Quinhentismo. 

TROVADORES: Na lírica medieval, os trovadores eram os artistas de origem nobre, que compunham e cantavam, com o acompanhamento de instrumentos musicais, as cantigas (poesias cantadas). Estas cantigas eram manuscritas e reunidas em livros, conhecidos como Cancioneiros. Temos conhecimento de apenas três Cancioneiros. São eles: “Cancioneiro da Biblioteca”, “Cancioneiro da Ajuda” e “Cancioneiro da Vaticana”.

Os trovadores de maior destaque na lírica galego-portuguesa são: Dom Duarte, Dom Dinis, Paio Soares de Taveirós, João Garcia de Guilhade, Aires Nunes e Meendinho.

No trovadorismo galego-português, as cantigas são divididas em: Satíricas (Cantigas de Maldizer e Cantigas de Escárnio) e Líricas (Cantigas de Amor e Cantigas de Amigo). 

Cantigas de Maldizer: através delas, os trovadores faziam sátiras diretas, chegando muitas vezes a agressões verbais. Em algumas situações eram utilizados palavrões. O nome da pessoa satirizada podia aparecer explicitamente na cantiga ou não.

Cantigas de Escárnio: nestas cantigas o nome da pessoa satirizada não aparecia. As sátiras eram feitas de forma indireta, utilizando-se de duplos sentidos.

Cantigas de Amor: neste tipo de cantiga o trovador destaca todas as qualidades da mulher amada, colocando-se numa posição inferior (de vassalo) a ela. O tema mais comum é o amor não correspondido. As cantigas de amor reproduzem o sistema hierárquico na época do feudalismo, pois o trovador passa a ser o vassalo da amada (suserana) e espera receber um benefício em troca de seus “serviços” (as trovas, o amor dispensado, sofrimento pelo amor não correspondido).

Cantigas de Amigo: enquanto nas Cantigas de Amor o eu-lírico é um homem, nas de Amigo é uma mulher (embora os escritores fossem homens). A palavra “amigo” nestas cantigas tem o significado de namorado. O tema principal é a lamentação da mulher pela falta do amado.      www.google.com.br 

domingo, 22 de maio de 2016

Figuras de Linguagem

FIGURAS DE LINGUAGEM

Segundo Mauro Ferreira, a importância em reconhecer figuras de linguagem está no fato de que tal conhecimento, além de auxiliar a compreender melhor os textos literários, deixa-nos mais sensíveis à beleza da linguagem e ao significado simbólico das palavras e dos textos.

Definição: Figuras de linguagem são certos recursos não-convencionais que o falante ou escritor cria para dar maior expressividade à sua mensagem.

 METÁFORA:  É o emprego de uma palavra com o significado de outra em vista de uma relação de semelhanças entre ambas. É uma comparação subentendida. Exemplo:  Minha boca é um tumulo.  Essa rua é um verdadeiro deserto.

COMPARAÇÃO: Consiste em atribuir características de um ser a outro, em virtude de uma determinada semelhança.
Exemplo: O meu coração está igual a um céu cinzento. O carro dele é rápido como um avião.

PROSOPOPÉIA: É uma figura de linguagem que atribui características humanas a seres inanimados. Também podemos chamá-la de PERSONIFICAÇÃO. Exemplo: O céu está mostrando sua face mais bela. O cão mostrou grande sisudez.

SINESTESIA: Consiste na fusão de impressões sensoriais diferentes.Exemplo: Raquel tem um olhar frio, desesperador.
Aquela criança tem um olhar tão doce.

CATACRESE: É uma metáfora desgastada, tão usual que já não percebemos. Assim, a catacrese é o emprego de uma palavra no sentido figurado por falta de um termo próprio. Exemplo: O menino quebrou o braço da cadeira. A manga da camisa rasgou.

METONÍMIA: É a substituição de uma palavra por outra, quando existe uma relação lógica, uma proximidade de sentidos que permite essa troca. Ocorre metonímia quando empregamos: - O autor pela obra. Exemplo: Li Jô Soares dezenas de vezes. (a obra de Jô Soares)
 - o continente pelo conteúdo. Exemplo: O ginásio aplaudiu a seleção. (ginásio está substituindo os torcedores)
 - a parte pelo todo. Exemplo: Vários brasileiros vivem sem teto, ao relento. (teto substitui casa)
 - o efeito pela causa. Exemplo: Suou muito para conseguir a casa própria. (suor substitui o trabalho)

PERÍFRASE: É a designação de um ser através de alguma de suas características ou atributos, ou de um fato que o celebrizou.
 Exemplo: A Veneza Brasileira também é palco de grandes espetáculos. (Veneza Brasileira = Recife), A Cidade Maravilhosa está tomada pela violência. (Cidade Maravilhosa = Rio de Janeiro).

ANTÍTESE: Consiste no uso de palavras de sentidos opostos. Exemplo: Nada com Deus é tudo. Tudo sem Deus é nada.

EUFEMISMO: Consiste em suavizar palavras ou expressões que são desagradáveis. Exemplo: Ele foi repousar no céu, junto ao Pai. (repousar no céu = morrer). Os homens públicos envergonham o povo. (homens públicos = políticos)

HIPÉRBOLE: É um exagero intencional com a finalidade de tornar mais expressiva a ideia. Exemplo: Ela chorou rios de lágrimas. Muitas pessoas morriam de medo da perna cabeluda.

IRONIA: Consiste na inversão dos sentidos, ou seja, afirmamos o contrário do que pensamos. Exemplo: Que alunos inteligentes, não sabem nem somar. Se você gritar mais alto, eu agradeço.

ONOMATOPÉIA: Consiste na reprodução ou imitação do som ou voz natural dos seres. Exemplo: Com o au-au dos cachorros, os gatos desapareceram. Miau-miau. – Eram os gatos miando no telhado a noite toda.

ALITERAÇÃO: Consiste na repetição de um determinado som consonantal no início ou interior das palavras. Exemplo: O rato roeu a roupa do rei de Roma.

ELIPSE: Consiste na omissão de um termo que fica subentendido no contexto, identificado facilmente. Exemplo: Após a queda, nenhuma fratura.

ZEUGMA: Consiste na omissão de um termo já empregado anteriormente. Exemplo: Ele come carne, eu verduras.

PLEONASMO: Consiste na intensificação de um termo através da sua repetição, reforçando seu significado. Exemplo: Nós cantamos um canto glorioso.

POLISSÍNDETO: É a repetição da conjunção entre as orações de um período ou entre os termos da oração. Exemplo: Chegamos de viagem e tomamos banho e saímos para dançar.

ASSÍNDETO: Ocorre quando há a ausência da conjunção entre duas orações. Exemplo: Chegamos de viagem, tomamos banho, depois saímos para dançar.

ANACOLUTO: Consiste numa mudança repentina da construção sintática da frase. Exemplo: Ele, nada podia assustá-lo. Nota: o anacoluto ocorre com frequência na linguagem falada, quando o falante interrompe a frase, abandonando o que havia dito para reconstruí-la novamente.

ANAFÓRA: Consiste na repetição de uma palavra ou expressão para reforçar o sentido, contribuindo para uma maior expressividade. Exemplo: Cada alma é uma escada para Deus. Cada alma é um corredor-Universo para Deus. Cada alma é um rio correndo por margens de Externo Para Deus e em Deus com um sussurro noturno. (Fernando Pessoa).

SILEPSE: Ocorre quando a concordância é realizada com a ideia e não sua forma gramatical. Existem três tipos de silepse: gênero, número e pessoa.

De gênero. Exemplo: Vossa excelência está preocupado com as notícias. (a palavra vossa excelência é feminina quanto à forma, mas nesse exemplo a concordância se deu com a pessoa a que se refere o pronome de tratamento e não com o sujeito).

De número. Exemplo: A boiada ficou furiosa com o peão e derrubaram a cerca. (nesse caso a concordância se deu com a ideia de plural da palavra boiada).


De pessoa Exemplo: As mulheres decidimos não votar em determinado partido até prestarem conta ao povo. (nesse tipo de silepse, o falante se inclui mentalmente entre os participantes de um sujeito em 3ª pessoa).