Soneto é um pequeno
poema composto de catorze versos, divididos em dois quartetos (duas estrofes
com quatro versos) e dois tercetos (duas estrofes com três versos).
O
soneto possui versos metrificados e rimados e, classicamente, esses versos são
decassílabos (com dez sílabas métricas) ou alexandrinos (com doze sílabas
métricas).
No
século XX, apesar de a literatura moderna ter rompido com os modelos clássicos,
alguns poetas cultivaram o soneto, como Guilherme de Almeida, Manuel Bandeira e
Vinícius de Moraes.
Observe
a estrofe do Soneto do Maior Amor, de
Vinícius de Moraes. Todos os versos são decassílabos.
Mai/o/r a/mor/
nem/ mai/s es/tra/nho e/xis/te
Que o/ meu/, que/ não/ so/sse/ga a/coi/sa a/ma/da
E/ quan/do a/sen/te a/le/gre/, fi/ca/ tris/te
E/ se a/ vê/ des/con/ten/te/, dá/ ri/sa/da.
Que o/ meu/, que/ não/ so/sse/ga a/coi/sa a/ma/da
E/ quan/do a/sen/te a/le/gre/, fi/ca/ tris/te
E/ se a/ vê/ des/con/ten/te/, dá/ ri/sa/da.
Atividades relacionadas aos sonetos de Vinícius de
Moraes e William
Shakespeare
1 Realizar
a metrificação dos versos dos dois sonetos;
2 Descobrir
os tipos de rimas presentes nos dois sonetos;
3 Identificar
os nomes das estrofes, conforme o número de versos que possuem.
Soneto
de Fidelidade –
Vinícius de Moraes
De
tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero
vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.
E
assim quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu
possa lhe dizer do amor (que tive):
Que
não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
Mas que seja infinito enquanto dure.
~ Soneto 18 ~
Se te comparo a um dia de verão
És por certo mais belo e mais ameno
O vento espalha as folhas pelo chão
E o tempo do verão é bem pequeno.
Às vezes brilha o Sol em demasia
Outras vezes desmaia com frieza;
O que é belo declina num só dia,
Na terna mutação da natureza.
Mas em ti o verão será eterno,
E a beleza que tens não perderás;
Nem chegarás da morte ao triste inverno:
Nestas linhas com o tempo crescerás.
E enquanto nesta terra houver um ser,
Meus versos vivos te farão viver.
És por certo mais belo e mais ameno
O vento espalha as folhas pelo chão
E o tempo do verão é bem pequeno.
Às vezes brilha o Sol em demasia
Outras vezes desmaia com frieza;
O que é belo declina num só dia,
Na terna mutação da natureza.
Mas em ti o verão será eterno,
E a beleza que tens não perderás;
Nem chegarás da morte ao triste inverno:
Nestas linhas com o tempo crescerás.
E enquanto nesta terra houver um ser,
Meus versos vivos te farão viver.
Nomes
das estrofes de acordo com o número de versos que elas possuem:
Monóstico
– um verso
Dístico – dois versos
Terceto – três versos
Quadra ou Quarteto – quatro versos
Quintilha – cinco versos
Sextilha – seis versos
Septilha – sete versos
Oitava – oito versos
Nona – nove versos
Décima – dez versos
Dístico – dois versos
Terceto – três versos
Quadra ou Quarteto – quatro versos
Quintilha – cinco versos
Sextilha – seis versos
Septilha – sete versos
Oitava – oito versos
Nona – nove versos
Décima – dez versos
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