quarta-feira, 8 de junho de 2016

Creche para cachorros gera bons lucros no mercado pet






Creche para cachorros gera bons lucros no mercado pet
Cães têm horário para comer, praticar atividades físicas e até para brincar. 
Investimento foi de R$ 160 mil em reforma e compra de equipamentos.



O Brasil tem hoje a segunda maior população de animais domésticos, somando mais de 50 milhões. E isso tem feito o mercado pet crescer sem parar. Em 2010, o setor movimentou R$ 11 bilhões, e este ano deve crescer 6%, de acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Produtos para Animais de Estimação.
a) "Creche para cachorros gera bons lucros no mercado pet" 
b) "e os nossos clientes lá habituais pediam um espaço diferenciado”
c) "Para acomodar os cães, foram instaladas baias onde eles passam a noite ou descansam durante o dia." 
07) Identifique, no texto, um exemplo de discurso direto, transformando-o em discurso indireto:
08) "Investimento foi de R$ 160 mil em reforma e compra de equipamentos." Identifique o processo de formação da palavra em destaque:



Hoje é possível encontrar de tudo para os animais de estimação: de alimentação a serviços. E agora existe até uma creche especial: só para cachorros.
O espaço funciona em São Paulo há um ano e meio. Foi montado pelo empresário Maurício Padovani e pela médica veterinária Bartira Mendes. No local, a rotina é bem parecida com a de uma creche para crianças.
“A ideia surgiu porque nós temos uma outra clínica veterinária, há três anos, e os nossos clientes lá habituais pediam um espaço diferenciado, que pudesse o cachorro ficar durante o dia todo, que ele tivesse atividade”, conta Maurício.
A creche tem uma área de 200 metros quadrados. O investimento foi de R$ 160 mil na reforma do espaço e na compra de equipamentos. Por mês, a empresa fatura R$ 80 mil com os serviços.
O local funciona de segunda a sábado, das 8 da manhã às 7 da noite. Tem cerca de 30 cachorros matriculados. Os donos escolhem quantas vezes por semana e o período que o animal vai frequentar. O preço da mensalidade varia de R$ 210, uma vez por semana, a R$ 600, todos os dias.
Uma das salas funciona como um hotel. Para acomodar os cães, foram instaladas baias onde eles passam a noite ou descansam durante o dia. Quem optar por deixar o cão apenas no hotel paga por diária: R$ 50 durante a semana e R$ 70 aos fins de semana e feriados.
Os cães têm horário para comer, praticar atividades físicas e até para brincar. tudo supervisionado por uma equipe bem atenta. O local também oferece serviços de beleza, como banho e tosa.
Um dos aspectos mais interessantes da creche é que o espaço também serve para a socialização dos bichinhos. Aqui ficam cachorros de várias raças e tamanhos, todos juntos e com muita disposição para brincar.
“A natação é monitorada, o cachorro vai e faz algumas chegadas, vai e volta, algumas vezes. Os cachorros grandes chegam a fazer doze, treze, quinze chegadas, e os menores fazem uma quantidade menor”, conta o empresário Padovani.
 Espaço para crescer

Embalado pelos bons números do mercado, o empresário Maurício Padovani acredita estar no caminho certo e aposta na expansão do negócio.
“A clientela aumentou, praticamente dobrou, até mais do que isso. A propaganda boca a boca tem sido fundamental nesse período As pessoas estão conhecendo aqui a creche, um fala pro outro, e o movimento tem aumentado muito”, conta Padovani.

Atividades

01) Você concorda que cães e crianças devem ser tratados da mesma maneira? Justifique sua resposta:
02) O que mais lhe chamou a atenção nesta notícia? Por quê?
03) Lendo aos detalhes da reportagem, ela mostra toda a verdade sobre o que está por trás da notícia principal? Comente:
04) Leia atentamente o 3º parágrafo. Por que uma pessoa que quer ter um cachorro, precisaria que ele ficasse em uma creche todo o dia? Qual seria a solução para que isso não acontecesse?
05) Para que tipo de público está voltado este serviço?
06) Pesquise em dicionário o significado das palavras em destaque das frases abaixo:
09) Por que a reportagem diz que o local tem uma rotina parecida com a de uma creche para crianças? Que rotina seria essa?
10) Qual a sua opinião sobre o oferecimento de serviços típicos do ser humano, aos animais de estimação?
11) Explique o emprego das aspas na frase “A ideia surgiu porque nós temos uma outra clínica veterinária, há três anos, e os nossos clientes lá habituais pediam um espaço diferenciado, que pudesse o cachorro ficar durante o dia todo, que ele tivesse atividade”,
12) O que significa a expressão "propaganda boca-a-boca"?
13) Registre as suas impressões ao ler o texto-notícia:
14) Você acha justo uma pessoa ter um cachorro e deixá-lo numa creche? Comente:
15) Em que momentos justifica deixar um cão numa creche? Você deixaria? Por quê?
16) Crie uma outra manchete para a notícia:
17) Você acha que as pessoas estão substituindo crianças por cachorros? Comente:
18) Enumere vantagens e desvantagens dessa “humanização” dos cachorros, comentando-as:

19) Faça uma charge ou tirinha a respeito dessa notícia.

segunda-feira, 6 de junho de 2016

Tentação - Clarice Lispector.

TENTAÇÃO - Clarice Lispector

Ela estava com soluço. E como se não bastasse a claridade das duas horas, ela era ruiva.
 Na rua vazia as pedras vibravam de calor - a cabeça da menina flamejava. Sentada nos degraus de sua casa, ela suportava.
Ninguém na rua, só uma pessoa esperando inutilmente no ponto do bonde. E como se não bastasse seu olhar submisso e paciente, o soluço a interrompia de momento a momento, abalando o queixo que se apoiava conformado na mão. Que fazer de uma menina ruiva com soluço? Olhamo-nos sem palavras, desalento contra desalento. Na rua deserta nenhum sinal de bonde.
Numa terra de morenos, ser ruivo era uma revolta involuntária. Que importava se num dia futuro sua marca ia fazê-la erguer insolente uma cabeça de mulher? Por enquanto ela estava sentada num degrau faiscante da porta, às duas horas. O que a salvava era uma bolsa velha de senhora, com alça partida. Segurava-a com um amor conjugal já habituado, apertando-a contra os joelhos.
Foi quando se aproximou a sua outra metade neste mundo, um irmão em Grajaú. A possibilidade de comunicação surgiu no ângulo quente da esquina, acompanhando uma senhora, e encarnada na figura de um cão. Era um basset lindo e miserável, doce sob a sua fatalidade. Era um basset ruivo.
Lá vinha ele trotando, à frente de sua dona, arrastando seu comprimento. Desprevenido, acostumado, cachorro. A menina abriu os olhos pasmada. Suavemente avisado, o cachorro estacou diante dela. Sua língua vibrava. Ambos se olhavam.
            Entre tantos seres que estão prontos para se tornarem donos de outro ser, lá estava a menina que viera ao mundo para ter aquele cachorro. Ele fremia suavemente, sem latir. Ela olhava-o sob os cabelos, fascinada, séria. Quanto tempo se passava? Um grande soluço sacudiu-a desafinado. Ele nem sequer tremeu. Também ela passou por cima do soluço e continuou a fitá-lo. Os pêlos de ambos eram curtos, vermelhos.
            Que foi que se disseram? Não se sabe. Sabe-se apenas que se comunicaram rapidamente, pois não havia tempo. Sabe-se também que sem falar eles se pediam. Pediam-se com urgência, com encabulamento, surpreendidos.
            No meio de tanta vaga impossibilidade e de tanto sol, ali estava a solução para a criança vermelha. E no meio de tantas ruas a serem trotadas, de tantos cães maiores, de tantos esgotos secos - lá estava uma menina, como se fora carne de sua ruiva carne. Eles se fitavam profundos, entregues, ausentes de Grajaú. Mais um instante e o suspenso sonho se quebraria, cedendo talvez à gravidade com que se pediam. Mas ambos eram comprometidos.
            Ela com sua infância impossível, o centro da inocência que só se abriria quando ela fosse uma mulher. Ele, com sua natureza aprisionada.
            A dona esperava impaciente sob o guarda-sol. O basset ruivo afinal despregou-se da menina e saiu sonâmbulo. Ela ficou espantada, com o acontecimento nas mãos, numa mudez que nem pai nem mãe compreenderiam. Acompanhou-o com olhos pretos que mal acreditavam, debruçada sobre a bolsa e os joelhos, até vê-la dobrar a outra esquina. Mas ele foi mais forte que ela.
Nem uma só vez olhou para trás
Conto extraído de LISPECTOR, Clarice. Felicidade clandestina. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1981.
Após ler o texto, responda:

1 Quem são as personagens principais? O que elas têm em comum?
2. O que a menina fazia sentada na porta de casa, às duas horas da tarde?
3. Onde se passa a história? Retire do texto uma frase que apresenta uma característica marcante do cenário.
4.De acordo com o texto, como a menina se sentia em relação a outras pessoas? Retire do texto uma frase para justificar sua resposta.
5. “Sentada nos degraus de sua casa, ela suportava.” O que a menina suportava?
Indique a alternativa que melhor responde a questão:
(a) a pessoa que esperava o bonde   (b)  a bolsa velha        (c) o calor e a solidão             (d) sua mãe

6. “O que a salvava era uma bolsa velha de senhora, com alça partida.” Do que a bolsa a salvava?
(a) do calor excessivo                               (b) da solidão, já que a bolsa era sua companhia
(c) das brigas com a mãe                         (d)  do homem que esperava o bonde

7) No texto, quem é o narrador?
( a ) a mãe                                                                                 (c) alguém que não presente na história
(b ) alguém presente na história, mas sem participar muito      (d) a menina ruiva

8) Retire  do texto um trecho em que se percebe a presença do narrador como personagem.
9) O que o narrador fazia naquele lugar ?
10)Pode-se dizer que o narrador se identifica com a menina? Por quê?
11) O cão basset provoca uma mudança na cena inicial. Qual a reação da menina e do cão quando se veem ?
12) “Mas ambos eram comprometidos.” Segundo o texto, com o que eles eram comprometidos ? O que isso pode significar?
13) Por que o cachorro não olhou para trás?
14) Considerando a reação da menina e do cão quando se encontram e a resposta à questão 12, o que o título TENTAÇÃO pode indicar?
15) Qual é o tema central do texto?
16)No texto, a menina se sente diferente dos outros, o que intensifica a solidão dela. Ser diferente dos demais gera solidão? Você já se sentiu excluído ou sozinho por ser diferente dos outros? Qual é sua opinião sobre isso?

quarta-feira, 1 de junho de 2016

Figuras de linguagem - exercícios.

FIGURAS DE LINGUAGEM
Exercício I
Coloque:
(1)  Comparação;
(2)  Metáfora;
(3)   Antítese;
(4)  Paradoxo;
(5)   Metonímia;
(6)  Hipérbole;
(7)  Prosopopeia;
(8)  Eufemismo.

  1. (       ) "...dão um jeito de mudar o mínimo para continuar mandando o máximo"
  2. (       ) "O pavão é um arco-íris de plumas"
  3. (      ) "...o essencial é achar-se as palavras que o violão pede e deseja"
  4. (      ) "Um dia hei de ir embora / Adormecer no derradeiro sono."
  5. (      ) "A neblina, roçando o chão, cicia, em prece.”
  6. (      ) "O bonde passa cheio de pernas."
  7. (      ) "É como mergulhar num rio e não se molhar."
  8. (      ) “No tempo de meu Pai, sob estes galhos,/Como uma vela fúnebre de cera,/Chorei bilhões de vezes com a canseira / De inexorabilíssimos trabalhos!”
  9. (     ) “Quando a Indesejada das gentes chegar / (Não sei se dura ou caroável) /Talvez eu tenha medo. / Talvez sorria, ou diga: / - Alô, iniludível!”
  1.  (   ) Eles morreram de rir daquela cena
  2. (   ) Aqueles olhos eram como dois faróis acesos.
  3. (   ) Às sete horas da manhã, a rua acordava.
  4. (   ) Aquelas crianças que choravam rios de lágrimas.
  5. (   ) Não tenho mais Maizena em casa.
  6. (   ) “A explosiva descoberta / Ainda me atordoa./ Estou cego e vejo./Arranco os olhos e vejo”.
  7. (   ) "O meu amor, paralisado, pula."